A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP terá, no 41º Congresso, o especialista que atuou como investigador principal em mais de 75 estudos clínicos, incluindo os ensaios PARTNER, que ajudaram a moldar o campo da medicina cardiovascular intervencionista. Martin Leon é diretor do Centro de Terapia Vascular Intervencionista da New York-Presbyterian no Columbia University Irving Medical Center.
Leon recebeu, em 2019, o conceituado prêmio do American College of Cardiology pelo conjunto de sua obra em homenagem as contribuições para o campo da cardiologia intervencionista. “Ele é um líder de pensamento reconhecido mundialmente e inovador no desenvolvimento de dispositivos cardiovasculares intervencionistas e terapias medicamentosas”, destaca o presidente do 41º Congresso da SOCESP, Alexandre Abizaid.
Martin Leon é coautor de mais de 2.000 publicações e realizou mais de 10.000 procedimentos intervencionistas. No 41º Congresso da SOCESP o especialista irá proferir a conferência “Como vai evoluir o campo da Intervenção Estrutural nos próximos 10 anos?”.
A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP vai abordar no 41º Congresso um tema extremamente inovador que é a o uso da inteligência artificial na prática clínica. Um dos conferencistas será o cardiologista e cientista norte americano, Eric Topol. “O principal foco científico de Topol tem sido as ferramentas genômicas e digitais para individualizar a medicina” conta Ricardo Pavanello, diretor da SOCESP. Eric Topol é fundador e vice-presidente executivo do Scripps Research Translational Institute, uma das instituições mais influentes do mundo por seu impacto na inovação.
O tema da palestra do especialista norte americano será “Como a Medicina Digital mudará nossa prática?” e Eric Topol adianta um pouco do que irá abordar na conferência de como será essa mudança: “com o uso de novas ferramentas de inteligência artificial (IA)”. Em um futuro próximo, usando o aprendizado profundo, a IA pode identificar placas ateroscleróticas coronárias com ainda mais precisão, auxiliando médicos no dia a dia, além de também ajudar na análise de exames, como imagens ecocardiográficas, entre outros”.
Em relação à pandemia de Covid-19, Eric Topol comenta como os cardiologistas podem encorajar seus pacientes a manter os procedimentos e tratamentos. “Usando mais da telemedicina”, completa o professor de medicina molecular que, como pesquisador, já publicou mais de 1.200 artigos revisados por pares, com mais de 250 mil citações. Eric Topol foi eleito para a Academia Nacional de Medicina dos EUA e é um dos 10 pesquisadores mais citados na área médica.
O 41º Congresso Virtual da SOCESP será totalmente on-line de 10 a 12 de junho e reunirá cardiologistas, médicos, residentes, estudantes de medicina, profissionais de saúde, como Educação Física, Enfermagem, Farmacologia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e interessados em Cuidados Paliativos.
John McMurray é atualmente professor de Cardiologia e diretor Adjunto Clínico do Instituto de Ciências Cardiovasculares e Médicas e cardiologista Consultor Honorário do Queen Elizabeth University Hospital, em Glasgow, na Escócia, Reino Unido. Ele tem um interesse especial na insuficiência cardíaca e nas consequências cardiovasculares do diabetes e das doenças renais crônicas e conduz estudos clínicos nessas áreas. O professor John McMurray será um dos palestrantes internacionais do 41º Congresso Virtual da SOCESP. Ele concedeu uma entrevista exclusiva ao jornalista José Roberto Luchetti sobre a sua participação no evento.
SOCESP: Qual a importância de participar do Congresso da SOCESP online em um momento tão desafiador?
John McMurray: Avanços importantes continuam a ser feitos em Cardiologia durante a pandemia de COVID-19 e grandes congressos, como o da SOCESP, fornecem todas essas novas informações essenciais para os médicos em atividade, com o objetivo de mantê-los a par dos novos desenvolvimentos e ajudar a garantir que seus pacientes recebam o melhor e os mais avançados tratamentos.
SOCESP: O tema de sua palestra será “Novos Fundamentos para o Tratamento da Insuficiência Cardíaca”, que novidades vai apresentar sobre o tema?
John McMurray: Notavelmente, apenas na insuficiência cardíaca, três novos tratamentos tiveram resultados bastante positivos. Uma delas, a inibição da SGLT2, será recomendada como uma de quatro terapias que salvam vidas e devem ser a base de todo o tratamento para pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção reduzida.
SOCESP: Como os pacientes com insuficiência cardíaca devem agir durante a pandemia de Covid-19?
John McMurray: Os pacientes com insuficiência cardíaca, em particular, precisam tentar permanecer estáveis durante a pandemia, não piorar e, se possível, evitar a hospitalização. As terapias que temos disponíveis hoje são muito eficazes para atingir esses objetivos e é mais importante do que nunca que os pacientes prescritos com esses tratamentos, tomem regularmente os seus medicamentos.
Educação Física, Enfermagem, Farmacologia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e interessados em Cuidados Paliativos.